Carregando agora

Entre filhos, estudos e trabalho, mães que chefiam suas casas contam com empresas para seguir adiante

Crédito: divulgação

No Brasil, mais de 35 milhões de lares são chefiados por mulheres, segundo dados do IBGE. Em muitos desses casos, essas mulheres não apenas sustentam financeiramente suas casas, mas também são o principal suporte emocional e organizacional de suas famílias. No mês das mães, a história de Érica Santos, 37 anos, supervisora do Sistema de Gestão da Qualidade da GlobalFruit, é um exemplo de como o apoio no ambiente de trabalho pode transformar não apenas a vida de uma colaboradora, mas também a de toda a sua família.

Desde 2018, na GlobalFruit, uma fábrica especializada no envase asséptico de bebidas e caldos, com sede em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata Mineira, conquistou reconhecimento pelo seu empenho, passando por diversas funções até alcançar o cargo de supervisora do Sistema de Gestão da Qualidade. O incentivo constante de sua liderança para que ela seguisse em busca de desenvolvimento profissional foi essencial em sua trajetória. “Minha liderança tem me incentivado constantemente a buscar mais conhecimento e crescimento. A empresa também tem me apoiado com o benefício do bônus educação, o que tem sido fundamental para minha jornada”, conta.

Ao mesmo tempo, Érica sempre conciliou a maternidade com a carreira. Teve seu primeiro filho, Jordan Júnior, aos 22 anos, e o segundo, Davi, aos 23. Hoje, com 15 e 14 anos, respectivamente, eles são adolescentes com rotinas próprias — o que exige ainda mais organização por parte da mãe. “Ser mãe de adolescentes e manter uma carreira é um equilíbrio entre organização e afeto”, afirma. Para administrar todas as tarefas, ela utiliza calendários digitais compartilhados para sincronizar horários escolares e compromissos de trabalho. Em casa, incentiva a autonomia dos filhos, dividindo tarefas domésticas e atribuindo pequenas responsabilidades, como preparar o próprio lanche.

A trajetória de Érica também inclui momentos difíceis. A separação afetou emocionalmente os filhos e refletiu no desempenho escolar. Durante cerca de um ano, Davi resistia à ideia de continuar os estudos após o Ensino Médio, mesmo com os incentivos da mãe. A virada aconteceu de maneira inesperada. Quando foi promovida a supervisora, Érica decidiu compartilhar a novidade de forma especial: levou os filhos para lanchar fora, algo fora da rotina. Nesse momento, escutou do filho que também queria fazer faculdade e trabalhar em uma empresa como a dela, com oportunidade de crescimento. “Eu já comecei a chorar. Não esperava ouvir isso dele, já que antes ele dizia que não queria continuar os estudos”, conta Érica. “Foi quando percebi que, mesmo achando que eles não se interessavam quando eu falava sobre a empresa, os incentivos aos estudos e às oportunidades internas, na verdade eles estavam atentos. Só que a gente não conversava sobre.”

O exemplo de Érica mostra como políticas de apoio à maternidade no ambiente de trabalho podem não apenas promover o crescimento profissional das mulheres, mas também influenciar positivamente toda a estrutura familiar.

“Na GlobalFruit, entendemos que apoiar mães colaboradoras vai muito além de oferecer benefícios — é reconhecer a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Quando oferecemos escuta ativa para entender as necessidades individuais e oferecendo oportunidades reais de crescimento, estamos investindo em mulheres que são líderes em casa e na empresa. Histórias como a da Érica mostram que esse cuidado gera impacto positivo não só no desempenho profissional, mas na autoestima, no bem-estar e até no futuro dos filhos,” destaca Juliana Barbieri, head de Gente e Gestão da GlobalFruit.

Atualmente, as mulheres representam 42,7% do quadro de colaboradores da empresa e 50% dos cargos de liderança são ocupados por elas. Como reconhecimento desses esforços, a empresa conquistou, em 2024, um lugar entre as melhores empresas para a mulher trabalhar no Brasil, segundo o Instituto Great Place to Work (GPTW).

Nos últimos anos, a GlobalFruit implementou diversos programas e incentivos para contratar e desenvolver mulheres. Desde 2020, a empresa adota os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs), coordenado pela ONU Mulheres. Através do programa “Ganha-Ganha: a igualdade de gênero é um bom negócio”, a companhia busca promover a igualdade de gênero no setor privado e aumentar o empoderamento econômico e a liderança das mulheres, como base para um crescimento sustentável, inclusivo e equitativo. Em 2021, a Globalfruit recebeu menção honrosa no Prêmio WEPs Brasil, pelas iniciativas em prol da equidade de gênero nas práticas de gestão.

Segundo Raquel Vaz, coCEO da GlobalFruit, esse avanço é resultado de metas bem definidas. “Quando lembro que assumimos a empresa com apenas 6% de mulheres e agora já passamos dos 40% me sinto orgulhosa de nosso progresso e forte para continuarmos empenhados em promover uma cultura de igualdade em todos os níveis”, destaca.