Relógio do Itaú #BHDasAntigas
Foto: arquivo PBH
Por décadas, quem passava pelo centro de Belo Horizonte se deparava com um dos ícones mais marcantes da paisagem urbana: o Relógio do Itaú, instalado no topo do edifício JK, no coração da capital mineira. Além de informar as horas para quem transitava pela movimentada área, o relógio se tornou um símbolo da cidade, remetendo à memória de gerações de belo-horizontinos.
Embora não esteja mais presente no horizonte da cidade, o Relógio do Itaú permanece na memória dos belo-horizontinos como um dos elementos que marcaram uma época. Para muitos, ele foi mais do que um simples marcador de tempo; foi parte de suas vidas, da identidade visual da cidade e de suas lembranças de Belo Horizonte.
Hoje, a paisagem urbana continua a se transformar, mas a lembrança daquele relógio que, do alto do edifício JK, acompanhava o ritmo da cidade, segue viva nas histórias e memórias de quem viveu sob sua sombra digital.
A Instalação
O relógio foi instalado em 1976, pela então empresa financeira “Banco Nacional”, como parte de uma estratégia de visibilidade. Posicionado no alto do edifício JK, que já era um marco da arquitetura da cidade, o relógio rapidamente se tornou uma referência visual importante para quem cruzava a Avenida Afonso Pena e regiões próximas. Com seu grande mostrador digital, o relógio, além das horas, também fornecia a temperatura, o que agradava moradores e turistas, que usavam essas informações no dia a dia.
O Banco Nacional, fundado em Minas Gerais, era um dos maiores do país na época, e o relógio no JK ajudava a reforçar sua presença e importância em Belo Horizonte. Por mais de 20 anos, o letreiro com o nome da instituição brilhou sobre a cidade, até que, na década de 1990, uma grande mudança ocorreu.
A Chegada do Itaú
Em 1995, o Banco Nacional foi incorporado pelo Banco Itaú. Com a mudança, o icônico relógio passou a exibir o nome da nova instituição financeira. Durante essa transição, o relógio foi atualizado, mas sua função essencial permaneceu a mesma: servir como um ponto de referência e orientação para quem circulava pelo centro da capital.
Com o passar dos anos, o Relógio do Itaú se manteve como parte inseparável da paisagem urbana. Ele foi testemunha de mudanças importantes na cidade, como o crescimento da região central, a construção de novos prédios e avenidas, e as transformações sociais e econômicas pelas quais Belo Horizonte passou.
A Despedida
No entanto, em 2013, o Relógio do Itaú foi retirado. A remoção foi motivada por questões de segurança e manutenção, já que o equipamento, apesar de modernizado ao longo do tempo, demandava altos custos para continuar operando de forma segura no alto de um prédio tão icônico.
A retirada do relógio foi acompanhada de um misto de nostalgia e saudade por parte dos moradores, muitos dos quais cresceram acostumados a olhar para ele, seja para saber as horas ou a temperatura, seja como um símbolo do cotidiano de Belo Horizonte.
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