
Brasil tem potencial para avançar na transição energética, avalia CEO
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País já ultrapassou 6 milhões de consumidores de energia solar, mas adesão ainda é pequena diante do potencial nacional
O Brasil ocupa hoje a sexta posição mundial na geração de energia solar, atrás de países como China (primeira posição) e Estados Unidos (segunda posição), segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) com base na Agência Internacional de Energias Renováveis. Para Felipe Carvalho, CEO da ClickLivre Energia, o país tem condições de subir posições se houver maior conscientização da população e ampliação dos investimentos em políticas renováveis.
“A energia solar é inesgotável e o Brasil tem um potencial privilegiado para se destacar nesse setor. Mas, para isso, é essencial que os consumidores compreendam que têm o direito de escolher de onde vem a energia que consomem. Essa consciência é parte fundamental da transição energética”, afirma.
Enquanto a China desponta como líder global no setor, com capacidade de produção em larga escala de painéis solares, turbinas eólicas, baterias de lítio e veículos elétricos, os Estados Unidos ainda mantêm forte dependência do petróleo. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas em 2024 o país asiático adicionou 373 milhões de quilowatts à sua capacidade instalada de fontes limpas, representando 86% da nova capacidade no setor elétrico e consolidando o avanço da energia limpa na matriz energética.
No Brasil, também segundo a Aneel, já existem mais de 3,7 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em residências, comércios, áreas rurais e indústrias, atendendo cerca de 6,5 milhões de consumidores, em que a maioria são residenciais. Apesar do avanço, trata-se ainda de uma parcela pequena diante da população total e há muito espaço para crescimento.
Nesse contexto, Felipe defende que o modelo de energia solar por assinatura pode acelerar a democratização do acesso. “Com a assinatura, o consumidor pode ter economia e, ao mesmo tempo, contribuir para um futuro mais sustentável. Essa é uma forma concreta de participação individual na transição energética”, explica o CEO.
Para ele, além da conscientização do consumidor, o país pode avançar ao apostar em políticas voltadas para a eletrificação da frota e para o uso de baterias para armazenamento de energia. “São caminhos que colocariam o Brasil em posição mais próxima às lideranças globais no processo da transição energética e da economia verde”, conclui.