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Sete doenças que a endoscopia pode identificar e porque ela é tão importante para o diagnóstico precoce

Crédito: Divulgação

A endoscopia é um dos exames mais indicados para investigar sintomas como dor abdominal, azia frequente, refluxo, náuseas e vômitos persistentes. Realizada com o auxílio de um tubo flexível com uma microcâmera na ponta, introduzido pela boca até o estômago e duodeno, o exame permite uma avaliação direta e detalhada do esôfago, estômago e parte do intestino delgado. Através dele, médicos podem visualizar alterações na mucosa, coletar biópsias e, em alguns casos, realizar intervenções terapêuticas.

Segundo o médico cirurgião geral Mauro Jácome, especializado em doenças gastrointestinais, a endoscopia é um instrumento fundamental para o diagnóstico precoce. “É um exame que, quando bem indicado, pode detectar desde inflamações leves até tumores em fase inicial. Isso impacta diretamente nas chances de cura e no controle dos sintomas. Além de ser um procedimento seguro e minimamente invasivo, ele tem se tornado mais acessível, sendo frequentemente solicitado por clínicos e gastroenterologistas”, contextualiza.

Esse exame é tão importante que motivou o Mauro Jácome a se associar com a Rede Baronesa em prol de um novo espaço dedicado à realização deste e de outros exames gástricos na cidade de Santa Luiza (MG). Trata-se da Clínica de Endoscopia e Colonoscopia Cronos, com capacidade de atendimento de até 1.400 pessoas dentro de um mês. Hoje, a cobertura, além de atendimentos particulares, também está aberta para um nicho de convênios e para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) através de parcerias público privadas. O rol é focado na realização de endoscopia, colonoscopia, procedimentos de endoscopia bariátrica e na colocação do balão intragástrico. 

De acordo com Jácome, o avanço da tecnologia na endoscopia aumentou a precisão diagnóstica. “Hoje conseguimos identificar alterações sutis que antes passavam despercebidas. Isso ampliou a capacidade de diagnóstico precoce de doenças silenciosas, como o câncer gástrico, além de permitir intervenções imediatas em situações de risco”, completa o médico.

Veja sete doenças que podem ser prevenidas com a endoscopia:

  1. Câncer: A detecção precoce de câncer no trato digestivo é uma das maiores vantagens da endoscopia. “Muitas vezes, o paciente não sente nada, mas o exame mostra alterações iniciais, como lesões planas, áreas com coloração anormal ou nódulos”, relata o médico. A identificação precoce permite intervenção menos agressiva e maiores chances de cura, especialmente em casos de câncer de esôfago e estômago.
  2. Hérnia de hiato: A endoscopia também é eficaz na identificação da hérnia de hiato — uma condição em que parte do estômago se projeta para dentro do tórax através do diafragma. “Ela favorece o refluxo gastroesofágico e costuma vir acompanhada de sintomas como azia, dor torácica e arroto excessivo”, diz Jácome. A visualização da alteração anatômica pelo exame é decisiva para o diagnóstico.
  3. Doença celíaca: Embora o diagnóstico definitivo da doença celíaca exija exames laboratoriais e biópsias, a endoscopia é essencial para detectar os sinais indiretos da intolerância ao glúten, como atrofia das vilosidades intestinais. “Muitas vezes, pacientes com sintomas vagos, como distensão abdominal e perda de peso, recebem o diagnóstico por meio de uma biópsia feita durante a endoscopia”, afirma o cirurgião.
  4. Tumores diversos: A endoscopia permite identificar lesões suspeitas no esôfago, estômago e duodeno, muitas vezes antes que os sintomas apareçam. “Tumores benignos e malignos podem ser visualizados precocemente, o que faz toda a diferença no prognóstico”, alerta Jácome. O exame possibilita ainda a coleta de material para biópsia, essencial para confirmar o diagnóstico.
  5. Gastrites: As inflamações na mucosa gástrica, conhecidas como gastrites, são frequentemente diagnosticadas por endoscopia. “Ela nos mostra se a gastrite é superficial, atrófica ou associada à bactéria Helicobacter pylori, que aumenta o risco de úlceras e câncer gástrico”, destaca o especialista. A partir do grau da inflamação, é possível ajustar o tratamento e dieta do paciente.
  6. Úlceras gástricas: As úlceras são feridas que se formam na parede do estômago ou duodeno e, sem tratamento, podem causar sangramentos e perfurações. “O exame é essencial para avaliar o tamanho, profundidade e localização da úlcera, além de verificar se há sinais de sangramento ativo”, explica Jácome. O tratamento precoce evita complicações graves.
  7. Esofagite: A esofagite é a inflamação do revestimento do esôfago, geralmente causada pelo refluxo ácido. “É uma das doenças mais comuns detectadas pela endoscopia, principalmente em pacientes com queimação frequente e dor ao engolir”, explica Mauro Jácome. O exame permite visualizar lesões, avermelhamento e até pequenas úlceras no esôfago, auxiliando na classificação do grau da inflamação e no tratamento adequado