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A estimulação cognitiva como aliada no gerenciamento do estresse da vida adulta

Crédito: divulgação

A vida adulta é frequentemente marcada por uma sucessão de demandas que desafiam nosso equilíbrio emocional e mental. Pressões profissionais, responsabilidades familiares e incertezas cotidianas criam um cenário propício para o acúmulo de estresse. No final da década de 1980, estratégias de proteção à saúde do cérebro começaram a ganhar força, como a capacidade do cérebro de resistir aos efeitos negativos de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, através de sua estrutura, função e compensação. Isso significa que algumas pessoas podem ter uma maior reserva cognitiva, o que as torna menos propensas a desenvolver declínio cognitivo ao longo do tempo.

Nesse contexto, a estimulação cognitiva surge como uma ferramenta valiosa não apenas para manter a saúde do cérebro, mas também como um suporte eficaz na gestão do estresse. Estimulação cognitiva refere-se a um conjunto de atividades que visam exercitar as funções mentais, como memória, atenção, raciocínio e criatividade. Práticas como leitura, jogos de lógica, aprendizado de novos idiomas, quebra-cabeças ou até mesmo hobbies criativos, como tocar um instrumento musical ou pintar, mantêm o cérebro ativo e flexível. Mas o impacto vai além do desenvolvimento intelectual: ao engajar-se em tarefas cognitivamente estimulantes, a mente se desvia das fontes de tensão, proporcionando momentos de foco positivo e prazer.

Do ponto de vista neurobiológico, a prática regular da estimulação cognitiva favorece a liberação de neurotransmissores como dopamina e serotonina, substâncias químicas diretamente ligadas à sensação de bem-estar. Além disso, ao fortalecer a capacidade de resolução de problemas e o pensamento crítico, o cérebro se torna mais preparado para lidar com situações desafiadoras de forma mais racional e equilibrada, reduzindo respostas automáticas de ansiedade.

Outro benefício importante é que essas atividades promovem uma espécie de “treinamento mental” que melhora a resiliência emocional. Adultos que mantêm o hábito de estimular suas habilidades cognitivas tendem a desenvolver maior autoconfiança e controle sobre suas reações diante das adversidades, criando um ciclo positivo que contribui para a redução do estresse ao longo do tempo.

Portanto, incluir práticas de estimulação cognitiva na rotina diária não apenas enriquece a vida intelectual, como também se mostra uma estratégia prática e acessível para enfrentar os desafios da vida adulta com mais serenidade. Investir no cuidado da mente é, sem dúvida, uma forma eficaz de cuidar do próprio bem-estar.

Érica Oliveira, gestora pedagógica e franqueada do Supera (Ginástica para o Cérebro)