
A nova era da comunicação visual: como o LED reposiciona marcas e espaços no Brasil
Por Odair Tremante*, especialista em tecnologia e comunicação visual eCEO da Leyard Planar Brasil e América Latina
Há um silêncio que fala mais alto do que qualquer outdoor. É o vazio deixado por uma comunicação visual ultrapassada, incapaz de competir com a velocidade dos olhares dos dias atuais. Quando a atenção é o novo currency, as marcas não podem mais se dar ao luxo de apenas ocupar espaço, precisam conquistá-lo. E é aqui que o LED deixa de ser um diferencial para se tornar uma ferramenta básica.
O Brasil, antes um espectador distante da tecnologia de ponta, agora marcha em ritmo acelerado rumo à adoção em massa de painéis de LED. Dados do CENP-Meios (2024) revelam que a mídia Out of Home, impulsionada pelo LED, já absorve 12% do investimento publicitário nacional. O que esses números indicam? Uma mudança estrutural na forma como empresas entendem a comunicação: não se trata mais de exibir, mas de envolver.
Imagine entrar em uma loja onde as paredes não são limites, mas telas. Onde promoções não são fixas, mas adaptam-se ao horário, ao perfil do cliente, ao clima da cidade. O LED passa a iluminar ambientes e novas possibilidades.
No varejo, a briga por metros quadrados cede lugar à disputa por segundos de conexão emocional. Corredores viram palcos, fachadas transformam-se em storytellers digitais, e o consumidor, antes um observador passivo, torna-se parte da narrativa.
E nas ruas? Painéis de LED já não competem apenas pelo tamanho, mas pela inteligência. Eles respondem a dados em tempo real, alternam mensagens conforme o fluxo de pessoas, e – em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro – começam a dialogar com o entorno. É publicidade? Não. É experiência urbana.
Em um congresso, um painel de LED que antes era visto apenas como um mero suporte para slides — se torna um ator que amplifica discursos, modula atmosferas e guia o olhar do público. Em sedes corporativas, ele que também apenas decorava paredes, agora reforça cultura, valores e até mesmo o ritmo do trabalho. A pergunta que fica é: quando a tecnologia deixa de ser ferramenta e vira extensão da identidade de uma marca?
O Brasil acorda para essa realidade com uma vantagem: a criatividade. Enquanto outros mercados focam em specs técnicas, aqui o LED ganha alma. Profissionais especializados não perguntam mais “como instalar”, e sim se “há alguma limitação”. E a resposta está na integração entre hardware e narrativa — uma simbiose que exige investimento contínuo, mas que, quando bem executada, ultrapassa limites.
Além disso, esses dispositivos ganham espaço no mercado com a redução de custos operacionais de campanhas, aumento no recall de marca e — em um país onde o presencial ainda resiste — devolve às cidades seu poder de surpreender. Se antes o desafio era convencer sobre a tecnologia, hoje é dominar sua linguagem.
Então o que vem a seguir? Telas mais finas, maior interatividade, integração com IA. Mas o verdadeiro salto vai além do pixel, isto é, ele está na capacidade de transformar luz em significado. Afinal, no fim do dia, comunicação visual não se mede em nits, mas em experiências que permanecem da memória das pessoas.
Sobre Odair Tremante
CEO da Leyard Planar Brasil e América Latina, atua há mais de 30 anos no setor tecnológico, destacando-se em empresas como Siemens e Polycom. Sua visão estratégica e liderança desempenham papel fundamental ao posicionar a Leyard como referência no mercado de tecnologia. Apaixonado pelo universo audiovisual, Odair dedica sua expertise como responsável pela operação em toda a América Latina, impulsionando a empresa para novos patamares de excelência. Sua presença reforça o compromisso da Leyard com a inovação e o sucesso duradouro.