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Armas de bolinhas de gel: um brinquedo perigoso para a saúde ocular

Crédito: banco de dados do Canva

Médica alerta para o risco de lesões graves nos olhos causadas por impactos diretos dessas bolinhas, que podem levar até à perda permanente da visão

Febre entre crianças e adolescentes, as armas de bolinhas de gel, têm gerado grande preocupação entre especialistas em saúde ocular, pais e autoridades. Apesar da aparência inofensiva, o brinquedo tem potencial para causar sérias lesões nos olhos. As bolinhas, vendidas separadamente e com preços acessíveis, tornam o brinquedo ainda mais atrativo. No entanto, o impacto direto nos olhos pode provocar desde abrasões na córnea até complicações graves, como descolamento de retina e perda permanente da visão. “O risco aumenta pela falta de proteção adequada, como óculos de segurança, durante o uso dessas armas”, alerta a médica Erika Yumi, oftalmologista especializada em atendimento pediátrico e glaucoma do NEO Oftalmologia, clínica localizada na Vila da Serra, em Belo Horizonte.

Sinais de alerta e necessidade de avaliação médica

Os sintomas de lesões oculares causadas pelas bolinhas de gel variam em gravidade. Vermelhidão, dor intensa, lacrimejamento excessivo e sensação de corpo estranho são os sinais mais comuns. Em casos mais graves, pode haver visão embaçada, flashes de luz ou manchas escuras, indicando danos sérios, como descolamento de retina.
A especialista reforça a importância de buscar ajuda médica imediatamente em casos de trauma ocular, mesmo que os sintomas pareçam leves. “Traumas considerados menores podem evoluir para complicações silenciosas, como inflamações e sangramentos internos. A avaliação precoce é fundamental para evitar sequelas visuais permanentes”, orienta a médica.

Prevenção e tratamento
As lesões causadas por bolinhas de gel podem exigir desde o uso de colírios lubrificantes e antibióticos para casos leves até intervenções cirúrgicas para situações mais graves, como descolamento de retina. Além disso, é essencial o acompanhamento médico contínuo para garantir uma recuperação segura.

“O melhor tratamento ainda é a prevenção. Utilizar óculos de proteção durante as brincadeiras e conscientizar crianças e responsáveis sobre os riscos dessas armas são medidas simples, mas eficazes para evitar lesões oculares”, conclui a oftalmologista.

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