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Epidemia: o que esperar da dengue em 2025?

Crédito: divulgação

Especialista explica como o uso da tecnologia na saúde pública pode amenizar explosão de casos de arboviroses no próximo ano

No ano de 2024, Minas Gerais viveu o pior surto de dengue de sua história, com mais de mil mortes pela doença apenas na primeira metade do ano, segundo o Ministério da Saúde. No restante do país, a situação não foi muito diferente: o número de casos prováveis de dengue no Brasil quadruplicou em relação ao ano anterior, sendo considerado o mais crítico desde o início do monitoramento oficial pelo Ministério da Saúde, em 2000.

Apesar da usual queda dos níveis de dengue no segundo semestre, em 2024, o fim do período chuvoso não cessou a preocupação. De forma geral, os meses de agosto, setembro, outubro e novembro trouxeram registros de casos marcantemente superiores ao ano de 2023, uma pequena surpresa para o período. O aumento fora dos meses tradicionais de pico da doença pode comprovar que a dengue vem se tornando persistente no decorrer do tempo. Mas, afinal, o que podemos esperar para o próximo ano?

Para Cláudio Ribeiro, CEO da Aero Engenharia (aeroengenharia.com), empresa responsável pela criação da maior solução tecnológica por meio de drones voltada para arboviroses no Brasil, o caminho para encontrar um melhor cenário da dengue em 2025 é uma abordagem preventiva, que não atue apenas nas crises imediatas. Não por acaso, o Techdengue (techdengue.com), tecnologia criada pela empresa, trabalha durante todo o ano no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti. “A profilaxia realizada durante os períodos mais secos e menos quentes, tratando os focos de reprodução do mosquito e reunindo dados precisos sobre o alastramento da doença, é essencial para que os sistemas de saúde pública não fiquem afogados nas novas epidemias”, explica Ribeiro.

De toda maneira, com o retorno das chuvas neste fim de ano, já é hora de iniciar a prevenção e o tratamento contra o mosquito. A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

Mesmo com expectativa de pico entre março e abril de 2025, segundo plano de ação divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2024, o período que vivemos já pede por respostas mais intensas. De acordo com o documento, a implementação de tecnologias de controle vetorial nos municípios é um dos mais importantes objetivos para o próximo ano.

Utilizando drones e larvicidas orgânicos, o Techdengue é um exemplo positivo de transformação digital em favor da melhora nas próximas epidemias. A solução da Aero Engenharia identifica e trata pontos de reprodução do mosquito da dengue e já mapeou mais de 150 mil hectares. Indo além, ela aplica inteligência geográfica gerando dados concretos, como números, gráficos e mapas, facilitando a detecção precoce de surtos e otimizando o planejamento estratégico da infraestrutura de saúde. Hoje o Techdengue está presente em mais de 500 municípios de Minas Gerais, garantindo que prefeituras possam alcançar resultados mais ágeis e eficazes na gestão de saúde.

“A fim de entender o cenário daqui para frente, nós utilizamos o conceito de big data para coletar e processar grandes volumes de informações sobre focos, clima e condições ambientais, permitindo a identificação de padrões epidêmicos. Além disso, a parte do tratamento também é 100% remota e capaz de tratar até 26 pontos de reprodução do Aedes aegypti em um único voo de 30 minutos”, detalha Cláudio Ribeiro.

Especialista em Geoanalytics, a empresa atua no estado por meio de consórcios intermunicipais de saúde e contratações diretas junto aos municípios. Assim o serviço de controle e combate ao Aedes aegypti já é garantido em diversas regiões de Minas Gerais, alcançando um patamar acima de 60% de todo o território mineiro. “O Techdengue é mais do que uma solução tecnológica; é um compromisso com o futuro da saúde pública. Nossa meta é integrar tecnologia e gestão para criar cidades mais preparadas e resilientes no combate às arboviroses”, completa o CEO.

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