Hospital Felício Rocho realiza pela primeira vez procedimento inovador para prevenir AVC em pacientes com fibrilação atrial
Crédito: Divulgação Hospital Felício Rocho
Fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo reduz riscos e melhora a qualidade de vida dos pacientes
O Hospital Felício Rocho realizou com sucesso, essa semana, o primeiro fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo (AAE). O procedimento minimamente invasivo oferece uma solução eficaz para reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico em pacientes com fibrilação atrial. A técnica foi conduzida pelo hemodinamicista da instituição, Efraim Flam e pela equipe de cardiologia intervencionista.
O apêndice atrial esquerdo é uma cavidade intracardíaca, onde podem se formar coágulos em pacientes com fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca comum. Esses coágulos, ao se deslocarem para a circulação sanguínea, representam uma das principais causas de AVC isquêmico.
“O fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo é uma terapia inovadora e de baixa invasividade. Por meio de um cateterismo, implantamos uma prótese que fecha a cavidade, prevenindo a formação e a liberação de coágulos. Isso não apenas reduz significativamente o risco de AVC, mas também permite que muitos pacientes suspendam o uso contínuo de anticoagulantes, diminuindo os riscos de sangramentos no longo prazo”, explica o hemodinamicista, Efraim Flam.
A técnica combina recursos tecnológicos avançados, como a integração de imagens tridimensionais geradas pela máquina de hemodinâmica e pelo ecocardiograma transesofágico, garantindo alta precisão no posicionamento da prótese e maior segurança para os pacientes.
Indicação e benefícios
O procedimento é especialmente indicado para pacientes com fibrilação atrial não valvar que apresentam alto risco de sangramento e não podem utilizar anticoagulantes de forma permanente. Entre os casos mais comuns estão pacientes que sofreram sangramentos graves, portadores de aneurismas, pacientes dialíticos e aqueles com alto risco de quedas.
Por ser minimamente invasivo, o procedimento oferece uma recuperação rápida e geralmente indolor, com alta hospitalar prevista em até dois dias após a intervenção.
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