Minas Gerais registra crescimento no emprego formal, apesar das dificuldades setoriais
Crédito: banco de dados do Canva
A análise do mercado de trabalho formal em Minas Gerais, realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), com os dados mais recentes divulgados no dia 27 de dezembro, referentes ao mês de novembro de 2024, revela um cenário positivo, embora com desafios em alguns setores. No mês em questão, o estado registrou a criação de 1.110 novos postos de trabalho, resultado de 204.592 admissões e 203.482 desligamentos.
O setor terciário, que inclui comércio e serviços, foi o principal responsável por essa movimentação, representando 52% das novas contratações. Em números absolutos, foram adicionados ao mercado formal 11.350 profissionais nesse setor. Contudo, a agropecuária e a construção civil enfrentaram dificuldades, com perdas de 3.226 e 7.080 vagas, respectivamente. Tais quedas podem ser atribuídas a fatores sazonais e climáticos que impactam diretamente essas atividades.
A análise demográfica dos novos postos revela que os jovens, especialmente aqueles entre 17 e 24 anos, estão se destacando no mercado de trabalho, correspondendo a 52,9% das movimentações. Em contraste, os trabalhadores mais seniores (65 anos ou mais) apresentaram uma redução significativa, perdendo 633 vagas. Em termos de escolaridade, profissionais com ensino médio completo foram responsáveis por cerca de 29,83% das novas contratações, enquanto aqueles sem acesso à educação formal representaram apenas 1,22% das movimentações. Minas Gerais encerrou novembro com um total de 4,9 milhões de carteiras ativas, um aumento de 159.716 em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano até novembro, foram criadas 2.613.513 oportunidades, demonstrando um crescimento robusto no mercado formal. Para a economista da Fecomércio MG, Fernanda Gonçalves, o resultado já era esperado, “o crescimento contínuo nas carteiras ativas é um indicativo da resiliência do nosso mercado de trabalho e da capacidade da economia mineira em se adaptar às mudanças”, conclui.
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