Carregando agora

Mulheres ganham espaço na indústria, mas desafios persistem

Crédito: banco de dados do Canva

A presença feminina na indústria brasileira tem avançado nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios estruturais. Mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil, enquanto os homens representam 71%, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, apenas 14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção da igualdade de gênero no ambiente de trabalho, e apenas 5% contam com orçamento próprio para essa finalidade.

Se, por um lado, 85% das empresas pesquisadas ainda não estruturaram políticas formais para promover a equidade de gênero, por outro, 20% afirmaram ter a intenção de aumentar os recursos voltados a essas ações no próximo ano. O comprometimento com essa pauta é mais evidente em empresas lideradas por mulheres (23%) do que nas comandadas por homens (18%).

Entre as iniciativas que vêm impulsionando a mudança no setor industrial, estão programas de capacitação, fortalecimento da representatividade feminina em cargos estratégicos e a priorização da contratação feminina em novas vagas. O programa “Empodera Elas”, desenvolvido na GlobalFruit, uma indústria do setor de envase asséptico de bebidas, por exemplo, tem como objetivo preparar colaboradoras para assumirem posições de liderança e estimular a inclusão no setor.

Atualmente, as mulheres representam 42,7% do quadro de colaboradores da empresa, com sede em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata Mineira, e 50% dos cargos de liderança são ocupados por elas. Como reconhecimento desses esforços, a empresa conquistou, em 2024, um lugar entre as melhores empresas para a mulher trabalhar no Brasil, segundo o Instituto Great Place to Work (GPTW).