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Níveis de emprego e renda elevam intenção de consumo em Belo Horizonte

Crédito: Freepik

De acordo com a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias, analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o ICF registrou aumento de 1,2 ponto percentual em setembro. Embora tenha passado por elevação, o nível de insatisfação (95,4 pontos) permanece já que chega a ser positivo quando atinge os 100 pontos. Por outro lado, a satisfação com a

renda e a segurança no emprego continua a sustentar a intenção de ir às compras dos consumidores da capital. 

A elevação do indicador geral se deve especialmente a alguns indicadores especificamente relacionados ao consumo que aumentaram em setembro. O indicador do nível de consumo registrou alta expressiva de 6,2 pontos em setembro alcançando 86,6 pontos, ainda que 5,5 pontos abaixo do verificado no mesmo período do ano passado. Para 42,9% dos entrevistados, a família está comprando menos, em comparação a 2023, enquanto 29,5% afirmam estar comprando mais atualmente. Aqueles que indicam o mesmo nível de compras do ano passado somam 27,5% dos entrevistados. O nível de consumo atingiu o grau de satisfação, 101,4 pontos, para as famílias com renda acima de 10 salários.

A perspectiva de consumo também teve elevação somando 1,5 ponto em setembro e levando o indicador a 104,6 pontos em setembro. Para 34,5% dos entrevistados o consumo será maior nos próximos meses do que foi no segundo semestre do ano passado. Outros 34,9% apostam em consumo igual ao do ano passado e 29,9% consideram que consumirão menos do que no segundo semestre de 2023.

Para 65,4% dos entrevistados na pesquisa ICF, o momento atual é mau para o consumo de duráveis. Ainda assim, o indicador teve aumento de 5,2 pontos percentuais em setembro atingindo o nível de 66,9 pontos. Em setembro de 2023, o indicador estava 24,3 pontos maior.     

Conforme a pesquisa, o indicador de segurança no emprego aponta para a satisfação aos 124,4 pontos ainda que reflita desaceleração de 0,6 ponto em relação ao mês anterior. Os consumidores que se sentem mais confiantes em relação ao emprego somam 40,4%, enquanto para outros 37,6% nada mudou neste sentido em relação ao mesmo período do ano passado. A percepção de mais segurança no emprego é maior para as famílias que ganham acima de 10 salários-mínimos.

As famílias de maior renda também são as que se mostram mais confiantes na melhoria profissional, 57,8% delas. As famílias com ganhos abaixo de 10 salários com boa perspectiva profissional correspondem a 49,5% do grupo. Desta forma, o indicador de melhoria profissional nos próximos seis meses recuou 1,6 ponto percentual, passando a indicar insatisfação aos 98,7 pontos em setembro. Para 47,3% dos entrevistados, a perspectiva profissional em seis meses não é boa enquanto 46,1% indicam o contrário.

A satisfação com a renda atual oscilou positivamente, saindo de 101,6 pontos em agosto para 101,7 pontos em setembro. Para 47,4% dos entrevistados a renda deste período do ano está igual ao mesmo período de 2023. Para 27,2% está melhor e para 25,5% está pior do que em setembro do ano passado.

A pesquisa mostra maior percepção de restrição ao crédito pelos consumidores dada pela oscilação negativa do indicador em 1,1 ponto percentual em comparação com o mês de agosto. Para 41,1% dos consumidores está mais difícil comprar a prazo em comparação com o ano passado. Para 31,2%, o acesso ao crédito está como em 2023 e para outros 26% está mais fácil em comparação ao mesmo período do ano passado.        

“O mercado de trabalho está bem aquecido, com uma das menores taxas de desemprego dos últimos tempos em Minas Gerais. Dessa forma, é esperado que haja uma melhora na percepção do momento profissional atual e das suas expectativas. No entanto, os níveis de endividamento das famílias se encontram muito altos, o que prejudica o consumo atual e pode afetar também a decisão de compras futuras”, conclui Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

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