No ‘Um Dia Sem Sapatos’, alunos do Colégio Santo Agostinho arrecadam calçados e roupas para doações
Crédito: divulgação
As doações serão encaminhadas a instituições sociais que prestam apoio à população em situação de vulnerabilidade
Tirar os sapatos, pisar no chão frio e imaginar como seria não ter um calçado para proteger os pés. Algo tão simples, mas que faz toda a diferença na vida de quem enfrenta a dura realidade da vulnerabilidade social. Alunos, professores e colaboradores do Colégio Santo Agostinho aceitaram esse convite à empatia para participar da ação “Um Dia Sem Sapatos”. Na Unidade Contagem, a ação será no dia 9 de abril e, na Unidade Nova Lima, no dia 10.
Com o lema “Quem vive do essencial faz a esperança brotar da planta de seus pés”, a iniciativa é mais do que uma experiência social simbólica: ela mobiliza toda a comunidade escolar para arrecadar calçados e roupas, que serão destinados a instituições assistidas pelos Freis Agostinianos da Província Nossa Senhora da Consolação.
Na unidade Contagem, as doações beneficiarão quatro instituições: o Projeto Pé no Chão, que atua no recolhimento e distribuição de calçados para comunidades do Vale do Jequitinhonha; o Projeto Ser Humano, que atende creches e instituições voltadas para crianças atípicas e migrantes; a Sociedade Evangélica Beneficente do Eldorado (SEBE), que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social; e a Escola Municipal Gino José de Souza, localizada em Betim, que atende mais de 700 estudantes do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Aparecida Debona Altoé, diretora da unidade Contagem, destaca a relevância da iniciativa. “O Colégio Santo Agostinho vai muito além do ensino acadêmico – é um espaço de formação humana. Nesta ação, os alunos não apenas doam roupas e calçados, mas vivenciam, na prática, valores como empatia, solidariedade e responsabilidade social. Eles percebem que pequenas atitudes podem gerar grandes transformações no coletivo.”
Ação para além da doação
O ‘Um Dia Sem Sapatos’ do Colégio Santo Agostinho possui um histórico de arrecadações expressivas. Em 2024, foram recolhidas 3 toneladas de donativos, entre calçados, roupas e materiais de higiene pessoal e limpeza.
“A proposta está alinhada às competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estimulando a consciência socioambiental, o respeito à diversidade, o senso crítico e a responsabilidade ética. Dessa forma, essa vivência contribui diretamente para a formação de cidadãos mais engajados com causas sociais e ambientais”, explica Cida.
Neste ano, a 13ª edição do evento também dialoga com a Campanha da Fraternidade de 2025, cujo tema é “Fraternidade e Ecologia Integral”. Para Cida, essa conexão amplia o impacto da iniciativa, unindo o cuidado com o meio ambiente à valorização das relações humanas. “Queremos sensibilizar nossos alunos para que enxerguem a realidade ao redor com mais sensibilidade e responsabilidade, entendendo que pequenas mudanças de atitude podem transformar o mundo”, destaca.
Além disso, o evento se relaciona com a “interioridade”, tema agostiniano do ano. “Refletir sobre nossas próprias ações e valores é essencial para desenvolver um olhar mais consciente e empático”, reforça a diretora. Outro ponto forte da iniciativa é sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. “Propomos uma reflexão sobre o consumo excessivo e a importância do cuidado com o planeta. Antes do ato cívico do dia 9, os estudantes aprendem em sala de aula várias questões ligadas ao tema e participam de atividades e projetos que os levam à reflexão e à mudança. Ao vivenciarem essa experiência, os alunos entendem que o desperdício e a desigualdade estão conectados e que a conversão ecológica é urgente.”, explica Cida.