População de Belo Horizonte vai às urnas para decidir sobre nova bandeira, mas custos ainda são incertos
Os cidadãos de Belo Horizonte se preparam para votar, no próximo dia 6 de outubro, em um referendo que decidirá o destino da nova bandeira da cidade. No entanto, a população segue sem informações claras sobre os custos exatos da substituição das bandeiras atuais e como essa transição será feita, caso a nova proposta seja aprovada. A iniciativa de alterar o símbolo oficial partiu do designer gráfico Gabriel Figueiredo, morador da capital mineira, que observou o desuso do atual estandarte pela população. “Hoje, a bandeira é basicamente um retângulo com o brasão da cidade no centro, o que a torna pouco reconhecível. Uma bandeira precisa ser visualmente simples e de fácil identificação, principalmente à distância”, explicou o designer.
A proposta de Figueiredo foi bem recebida nas redes sociais, com o título “Uma bandeira para Belo Horizonte”, ganhando apoio suficiente para ser transformada em projeto de lei. O texto foi apresentado à Câmara Municipal em 6 de fevereiro de 2023 e, após um debate que mobilizou tanto os favoráveis quanto os contrários à mudança, foi aprovado em 2º turno em 23 de junho. Dois meses depois, a lei que institui a nova bandeira foi promulgada. Agora, para que o novo símbolo se torne oficial, ele precisa passar pelo crivo dos eleitores da capital. O debate sobre os custos da implementação, que é um dos principais pontos levantados pelos opositores, continua sem uma resposta clara, e a decisão final será tomada nas urnas. Enquanto isso, desinformações circulam nas redes sociais, confundindo o público sobre o real impacto da medida.
A história da bandeira de Belo Horizonte
A bandeira oficial de Belo Horizonte, atualmente composta pelo brasão da cidade sobre um fundo branco, tem suas origens ligadas ao simbolismo do brasão, que foi criado pouco tempo depois da fundação da cidade, em 1897. O brasão, por sua vez, carrega emblemas importantes para a identidade do município, como a Serra do Curral, símbolo natural da capital mineira, e a estrela de Belém, em alusão ao nome original do local, Arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Com o passar do tempo, a bandeira foi usada em eventos oficiais, mas nunca conseguiu criar uma conexão significativa com os cidadãos. Diferente de outras capitais que possuem bandeiras facilmente reconhecíveis e com grande apelo popular, o estandarte de Belo Horizonte permaneceu distante do cotidiano da população. Essa desconexão foi o ponto de partida para o movimento que hoje culmina na proposta de um novo símbolo, buscando renovar a identidade visual da cidade e torná-la mais representativa para os belo-horizontinos.
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