
Tecnologia com empatia: como a IA está transformando a medicina sem substituir o olhar humano
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A ética médica permanece como um pilar inegociável nesse processo, garantindo que as decisões clínicas continuem centradas no bem-estar do paciente
Neste 18 de outubro, Dia do Médico, ganha destaque a relação entre a medicina e as novas automações, como a Inteligência Artificial (IA). A tecnologia tem avançado mais rápido do que se imaginou, integrando diferentes áreas e profissões e, com a medicina, não seria diferente. Os avanços já chegaram aos blocos cirúrgicos, salas de atendimento e hospitais, tornando-se parte do dia a dia dos profissionais de saúde.
O uso da IA se torna um verdadeiro divisor de águas durante os atendimentos. A tecnologia contribui para diagnósticos mais rápidos e assertivos, possibilitando tratamentos precoces que podem salvar vidas. Além disso, colabora na otimização dos recursos, fator essencial em contextos onde eles são escassos.
Uma das especialidades que mais tem se beneficiado da inteligência artificial é a ortopedia. A IA já apoia diagnósticos por imagem, essenciais para cirurgias ortopédicas, ajudando na detecção precoce de fraturas e outras alterações ósseas. Com o contínuo aperfeiçoamento dos algoritmos, é possível reduzir o tempo entre o exame e o procedimento cirúrgico. Em sistemas mais avançados, a IA pode inclusive prever a probabilidade de êxito de uma cirurgia e os riscos de novas lesões no futuro.
Segundo o Dr. Tiago Baumfeld, ortopedista do Hospital Felício Rocho, “a inteligência artificial será uma aliada importante na nossa rotina, especialmente nos diagnósticos por imagem. Ela vai acelerar o processo de decisão e nos ajudar a focar ainda mais na estratégia terapêutica, sem substituir a análise médica, mas complementando com agilidade e precisão.”
Ao contrário do imaginário popular, essa inovação não pode — e nem deve — substituir a empatia e o olhar clínico dos médicos, mas deve ser um aliado crucial. A IA auxilia nos atendimentos de forma mais eficiente, promovendo mais humanização, tanto para as equipes de saúde quanto para os pacientes, que passam a receber tratamentos mais rápidos e personalizados. A ética médica permanece como um pilar inegociável nesse processo, garantindo que as decisões clínicas continuem centradas no bem-estar do paciente, com responsabilidade, sigilo e discernimento humano na interpretação e aplicação das tecnologias.
Com isso, podemos ver que a modernização nos hospitais já é uma realidade. O Hospital Felício Rocho se destaca como um dos pioneiros dessa evolução em Belo Horizonte, ao anunciar uma nova parceria com a IcoBrain, referência mundial em inteligência artificial aplicada à saúde. A colaboração estratégica terá como objetivo aprimorar a precisão diagnóstica e otimizar os cuidados aos pacientes, por meio de ferramentas avançadas de análise de imagens médicas. A iniciativa terá um impacto positivo no tratamento de doenças neurológicas, com destaque para esclerose múltipla e demência.
“A IA já tem sido muito importante também para a atualização e busca de artigos e evidências científicas em bases referenciadas, além da redação de novos artigos científicos. Isso já é uma realidade que realmente impacta as decisões clínicas e cirúrgicas, porque o acesso às melhores evidências científicas ficou muito mais fácil e ágil, disponíveis na palma da mão”, destaca Dr. Baumfeld. O ortopedista cita algumas ferramentas de IA cujo uso já é bem frequente, como a Open Evidence e a SciSpace, muito funcional na redação de artigos científicos.
Sempre atenta a essas inovações, o Felício Rocho reafirma seu compromisso com a excelência no cuidado, aliando tecnologia de ponta à tradição médica, com foco na ética, na precisão e, acima de tudo, na humanização do atendimento.