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5ª Mostra Cine Vida – Blip exibe longa-metragem “Afetos (im)possíveis” neste sábado no Cine Santa Tereza

Crédito: Divulgação

Pela primeira vez, o projeto que percorreu oito equipamentos culturais da cidade terá como resultado um longa-metragem que será exibido no sábado, dia 9/11, no Cine Santa Tereza

A 5ª Mostra Cine Vida – Blip exibirá o longa-metragem “Afetos (im)possíveis”, em uma produção cinematográfica colaborativa produzida pelos alunos de oito oficinas de cinema realizadas pelo projeto Cine Vida em diferentes espaços culturais de Belo Horizonte. O filme, construído coletivamente, será exibido neste sábado, dia 9 de novembro, às 18h, no Cine Santa Tereza, marcando um novo formato na trajetória do projeto, que pela primeira vez optou por um longa-metragem em vez de curtas. A sessão é gratuita sendo necessária a retirada prévia de ingressos pelo site ou na bilheteria do cinema, uma hora antes.

Projeto Cine Vida realizou, entre junho e outubro de 2024, oito workshops gratuitos de cinema e propôs uma experiência inovadora: a produção de um longa-metragem a partir da atuação do coletivo Cine Vida. Com o título “Afetos (im)possíveis“, o filme foi desenvolvido a partir de cenas criadas pelos alunos de diferentes turmas, sendo cada cena um fragmento de uma narrativa maior, inserida pela temática central dos afetos e ambientada em diferentes territórios de Belo Horizonte.

Segundo o coordenador do projeto e do Coletivo Cine Vida, Leandro Wenceslau, a ideia do filme é inspirada em obras como “Paris, Eu Te Amo” e “Sonhos”, de Akira Kurosawa, que apresentam uma colcha de retalhos de histórias interligadas. “Foi um desafio encontrar o fio condutor que unisse as diferentes cenas, mas o resultado final oferece uma visão rica e fragmentada sobre as possibilidades e impossibilidades dos afetos no mundo contemporâneo”, afirma Wenceslau.

Ele destaca que esta foi uma oportunidade única para os alunos, professores e equipe do projeto se aprofundarem mais nas etapas de produção e desenvolverem uma visão mais abrangente, orgânica e direcionada do processo cinematográfico. “A criação do longa-metragem permitiu uma imersão maior no universo do cinema e proporcionou um senso de realização coletiva ainda mais significativo para todos os envolvidos”, explica Leandro Wenceslau.

Projeto Cine Vida 

Cine Vida é um projeto de formação audiovisual que busca democratizar o acesso ao cinema, principalmente para jovens e adultos de áreas vulneráveis ​​de Belo Horizonte. Desde sua criação em 2015, o projeto tem como objetivo desenvolver habilidades em roteiro, direção, fotografia, e produção, valorizando a identidade e o patrimônio cultural das comunidades. Os workshops de 2024 foram realizados em locais como o Museu da Moda, Cine Santa Tereza e nos Centros Culturais Jardim Guanabara, Usina de Cultura, Padre Eustáquio, São Geraldo, Liberalino Alves de Oliveira, e Pampulha, com três encontros semanais durante um mês. Ao final do processo, cada turma contribuiu com uma cena para o longa-metragem, consolidando o caráter colaborativo da iniciativa.

Coletivo Cine Vida

Em 2019, os integrantes do projeto criaram o Coletivo Cine Vida, constituído pela equipe de professores e produtores que desempenham um papel essencial na execução do projeto como forma de estender a atuação para além das atividades estabelecidas nas oficinas. E posteriormente, foram agregando novos integrantes e ex-alunos, com intuito de estabelecer um espaço de troca, promoção, valorização e fortalecimento da identidade urbana, popular e tradicional de diferentes territórios da cidade ligadas as artes, cultura e audiovisual. 

As ações do Cine Vida vem se destacando como um importante espaço de formação e promoção da cultura audiovisual na cidade. O Cine Vida já realizou mais de 45 oficinas em 9 anos de atuação com uma produção de mais 45 filmes de curta-metragens. Ainda, organizou 4 mostras com debates, mesas, encontros de networking e atraiu um público anual de mais de 500 pessoas, destacando a importância de suas ações voltadas para populações periféricas, tradicionais e grupos vulneráveis, como comunidades negras e LGBTQIAPN+.

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